quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Mensagem do dia 13/02/2014

Escrito por Carolina d’Oxoguian
Twitter: @caroltarologia

O PEIXE


Seguindo o conselho de uma amiga taróloga, resolvi adquirir o livro “O Oráculo da Cabala”, de Richard Seidman, editora Pensamento (sempre gosto de citar fontes). Tenho tirado uma letra por dia ao final do dia, como ensinamento do que preciso adquirir para autoconhecimento. Não tenho pretensões de seguir a Cabala e nem ir mais fundo, mas olhar algo diferente do seu dia-a-dia faz você pensar sempre naquilo que precisa se ajustar. A última letra que tirei de conselho foi ainda na segunda-feira (10/02) e foi a letra TAV, última do Aleph Beit. Considerações à parte, minha gata estava fazendo uma zona na minha cama, juntei todas as cartas e os livros e escondi entre as dobras do meu edredom, mas não fui confirmar se todas as cartas estavam juntas.
* Para quem estuda a Cabala, sabe-se que a última letra do Aleph Beit significa um fim e um novo começo, portanto é importante eu citar a retirada dela.

Nesta quarta (12/02), fiquei o dia todo em meu terreiro, fazendo meu equilíbrio energético do ano. Entre um ebó e outro, perguntei ao meu Babá o porquê de haver peixe e ele me explicou o seu significado dentro do culto yorubá e Ifá, e fiz o seguinte comentário: “Anotarei mentalmente para eu incluir tal significado na carta do Peixe (34) no Baralho Cigano”. O dia começou comigo indo à peixaria, disposta a cozinhar uma moqueca de camarão e fritar filé de peixe para o almoço na “roça”, e perceber que tinha ebó justamente levando tais elementos já fazia parte dos sinais.
Nesta quinta (13/02), disposta a fazer algo para a Lua Cheia, depois de deixar todas as minhas pedras limpando e se energizando por mais de 24 horas, ponho-me a arrumar minha mesa de trabalho, meu pequeno “altar” e minha cama. Revirando o lençol, acho uma carta do oráculo da cabala, já com a letra à vista e a letra é NUN.
Letra Nun do Aleph Beit ao centro
Carta 34 - Os Peixes - Mystical Lenormand (à esquerda)
Carta 34 - Os Peixes - Baralho Cigano da Feitiços Aromáticos (à direita)

Segundo o autor do livro (por favor, careço de outras fontes e caso haja um grande equívoco, peço desculpas), NUN é a décima quarta letra do Aleph Beit, tem o valor numérico de 50 (cinquenta), e em aramaico significa “peixe”. Sabe aquele momento em que um filme se passa todo à sua frente do passado? Eu repassei mentalmente todo o meu dia anterior para entender o quanto o peixe estava ligado ao meu dia, fora o significado que meu Babá explicou. No livro, segue a explicação da letra:

“O Nun é o número cinquenta. Depois de um ciclo de sete vezes sete anos sabáticos, vem o Jubileu, Yovayl, o quinquagésimo ano. (...) Durante o ano do Jubileu, os escravos são libertados, as dívidas são perdoadas e a terra volta para seu proprietário original. O Jubileu é um período de liberdade, libertação e retorno. (...)
Assim como Josué derrubou as muralhas de Jericó, o Nun também rompe as muralhas de nossa vida. As limitações, sejam auto-impostas ou impostas externamente, caem diante do poder do Nun. Existem vários tipos de muralhas: o ódio, o medo, o preconceito, a ignorância, a ilusão. O Nun proporciona a coragem de que essas muralhas podem cair. Nós, como Jonas, podemos encontrar vida e esperança numa situação aparentemente sem saída. (...)
O Nun nos desafia como se tivéssemos emergido das profundezas e recuperado milagrosamente a vida, cuidando do que é realmente importante e abandonando conceitos ultrapassados e limitados e velhos padrões negativos de pensamento e de ação.”

O Oráculo da Cabala. Richard Seidman. Tradução Paulo Salles. Editora Pensamento.
Pg. 118-120

Fiquei muito feliz com a mensagem que o astral me proporcionou. Deixou esta carta separada, pois já estava escrito que eu a acharia um dia depois de meus rituais. E quantas bênçãos!!!
O peixe em si tem vários sentidos. Símbolo do cristianismo, de boas novas, de um período de amor e de perdão. O peixe é um dos alimentos primários do ser humano e sempre foi fonte de renda de quem se dedica a pescar. O peixe possui o simbolismo de fartura, prosperidade, fertilidade e boa saúde para muitas culturas. Lendo o texto completo no livro, enriqueci mais ainda sobre a maneira de ver este símbolo, o qual é a carta 34 do Lenormand – Baralho Cigano.
Ver muito mais que materialidade já é um bom começo. A carta Peixe também pode falar sobre sentimentos, haja vista ter o elemento água em sua carta e pode vir a ser alguém frio e escorregadio. A carta do Peixe procura sempre indicar muito mais aspectos positivos e agregando alguns conceitos de outras culturas, enriquece ainda mais a leitura. Ver a carta do Peixe como um reconhecimento de prosperidade em suas atitudes, que finalmente sua colheita será farta e abundante, é uma promessa de que conseguirá atingir os seus objetivos e de que tudo tende a melhorar na sua vida.
10 de Copas - Harmonia
Osho Tarot
E, ao perceber isso tudo, quando resolvo ler o facebook, aparece uma postagem da página Zephyrus (clique aqui) sobre a carta equivalente ao 10 de Copas do Osho, a carta Harmonia. Segue tradução:

“DEZ DE COPAS - A experiência de repousar no coração durante a meditação não é algo que pode ser apossado ou forçado. Ela vem naturalmente, na medida em que crescemos mais e mais em sintonia com os ritmos dos nossos próprio silêncio interior. A figura nesta carta reflete a doçura e delicadeza desta experiência. Os golfinhos que emergem do coração e fazem um arco em direção ao terceiro olho refletem o espírito brincalhão e a inteligência que surge quando somos capazes de nos conectar com o coração e nos dirigir em direção ao mundo a partir desse ponto. Permita-se ser mais suave e mais receptivo agora, porque uma alegria indescritível está esperando por você ao virar da esquina. Ninguém mais pode indicar para você e quando você achar que você não será capaz de encontrar as palavras para descrevê-la. Mas ele está lá, no fundo de seu coração, madura e pronto para ser descoberta.

Novamente o universo mostrando seus sinais. A carta mostra dois golfinhos e o verdadeiro mergulho nas emoções. E vendo essa explicação, entendendo que o naipe de copas não fala só de sentimentos, mas também quando mergulhamos na intuição, emergir do coração e seguir para o terceiro olho é procurar ver o mundo de uma outra forma.
Estou cercadas por pessoas do signo de Peixes ou que tenham algum elemento Peixe na vida delas – sendo de Oxum ou Yemanjá. Tanto peixe à minha volta me deixa nervosa muitas vezes por perderem um pouco o foco, mas quando consigo mostrar a corrente pela qual precisam seguir, fazem a escolha e seguem o caminho. Como eu sou agraciada pelos filhos e filhas destas Orixás!
E nesta quinta-feira, dia de Júpiter, o que pensar diante de tantos sinais e seus significados? Que quando você tem um coração limpo para receber o que você realmente merece, quando você está aberto para entender seus erros, defeitos e consertar, tudo conspira ao seu favor. E para quem ainda duvida de sinais e que os deuses realmente ouvem suas preces, tenho muitos exemplos para contar não só meus.
Confiem. Orem. Acreditem em si mesmos. Tudo dará certo!


=> Nota da autora
Estava com um desejo muito grande de fazer um post referente à Lua Cheia, mas carecia de algum material que eu pudesse gostar de descrever. Precisava fugir de todo tipo de “regra” nesse período como postar sobre simpatias, magias e rituais. Eis que as coisas acontecem sem ao menos perceber, somente quando se salta aos olhos você vê que é além do que esperava – ou não.
Lua crescente para cheia é um período ótimo para os pedidos de prosperidade, felicidade, fartura, saúde e amor. Mas já pararam para pensar quantas vezes nós sempre pedimos aquilo que não temos e não agradecemos àquilo que temos? E ainda mais uma: como pedir algo que não se tem conhecimento, ou seja, entender o que precisa entender sendo o caminho que falta para atingir seus objetivos, sem ter que esperar por algum “milagre” acontecer?
Todo mundo quer que as coisas funcionem da melhor maneira que desejam, mas ninguém pensa sobre aquilo que falta aprender. Este tipo de pergunta falta em todo tipo de grupo de estudo de cartas, falta nas consultas do tarô, muitas pessoas não estão preparadas para uma terapia sobre o que está errando na vida, querem saber sempre se o outro ou se os deuses farão aquilo que desejam.
Eu acredito que quando estamos dispostos a encarar o negativo de nós mesmos, encontramos mecanismos para melhorar os nossos pontos fracos, nossos defeitos e aquilo que sustenta nossa infelicidade pessoal. Quando entramos em harmonia, o universo conspira ao seu favor, isto é, a favor para que as coisas boas aconteçam da melhor maneira possível, pois é a colheita obrigatória de sua semeadura opcional.


Carolina d’Oxoguian

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